Sobre as origens do Sarau na Galeria, a ternura e a troca de vivências.

"A interculturalidade somente será possível com a insurgência da ternura."
                                                                                                 (Edgar Patrício Guerrero Arias)

A frase acima dita num encontro de sexta feira sob uma lua cheia avermelhada talvez mostre uma das razões pelas quais o Sarau na Galeria não é apenas um encontro de escritores, músicos, fotógrafos e artistas. O Sarau na Galeria é uma aventura de viver e de respeitar o outro e suas origens estão em uma família na qual a ternura e o encanto de viver está em tudo.


Fomos recebidos na casa do Edgar Mancilla, com sorrisos no rosto e, podíamos sentir,  nos corações alegres, por sua  mãe Dona Helena, sua irmã Suzana e Eliahne Brasileiro.

A família Mancilla desejava conhecer o coletivo do Sarau na Galeria que desde a partida do Edgar mensalmente continua a cuidar das sementes que ele um dia lançou em Suzano e agora germinam com força e se espalham para outros lugares.

E nesta reunião conversamos sobre o Edgar e seus projetos e sonhos, sobre cultura, cantamos, comemos pipoca, sorrimos e olhamos uns nos olhos do outros. Depois de algum tempo ficou claro que as  origens da energia do Sarau na Galeria estão em Edgar e na família  Mancilla que exala  esta ternura que permite  a interculturalidade, ou seja a troca de vivências e experiências entre as pessoas, que diz a frase do pensador equatoriano Edgar Patrício Guerrero Arias.

E na Dona Helena e Suzana Mancilla e Eliahne Brasileiro esta ternura não é apenas um convite  para conhecer o outro, mas é uma provocação para viver e trocar com o outro.  É a insurgência de que fala Guerrero Arias porque precisamos vencer o medo, este inimigo interno, que nos afasta dos outros e nos impede de sermos felizes plenamente.  Porque é no outro que temos nossa única possibilidade de nos humanizarmos  verdadeiramente, ou seja reconhecemos em nós o humano porque estamos diante de outros humanos.  A vida só é possível diante do outro. O restante são apenas nossas escolhas porque estamos condenados a liberdade.

Nosso profundo agradecimento a dona Helena e Suzana Mancilla e Eliahne Brasileiro por nos receber e nos oferecer aqueles momentos de união, ternura, congraçamento e sagração.

Como disse uma vez, o nosso, Edgar Mancilla: “Que importa o sentido se tudo vibra?”


                                                                        Amaury

Um comentário:

  1. Existe amor no Planeta Terra.
    É o nosso sustento.
    O legado que levaremos, que deixaremos.
    Em cada canto, um canto de paz, de ternura.
    Se urgente se faz afagar a vida,
    que seja pela ternura do amor
    que vibra sim em cada olhar
    desse circulo, desse elo
    onde a dor se desfaz
    pela memória da luz implantada
    em cada coração...
    E se faz encantamento
    para suprir a saudade
    e continuarmos a respirar a brisa do abraço
    Provar o beijo da alma
    Seguir conjugando a Gratidão!

    A gratidão se estende,

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